Páginas

sábado, 24 de abril de 2010

Associação de Resistores

Como o valor da resistência de um resistor é padronizado, nem sempre é possível obter certos valores de resistência. Associanado-se convenientemente resistores entre si, podemos obter o valor que quizermos. Chama-se de resistor equivalente a um resistor que pode susbstituir uma associação de resistores, sem que o resto do circuito note diferença. Uma outra aplicação para a associação de resistores é uma divisão de uma tensão, ou a divisão de uma corrente.

Associação Série
Resistores estão em série quando a corrente que passa por um resistor for a mesma que passa pelos outros, mas a tensão total se divide entre eles. Assim, a soma dos valores de suas tensões será igual à tensão total.


Assim, para determinar o valor da resistência equivalente, basta somar as resistências dos resistores da associação. Vale lembrar que a corrente vai ser a mesma em todos os resistores se a tensão for a mesma.

Associação Paralela
Em uma associação paralela, a tensão em todos os resitores é a mesma, é a corrente que se divide. Assim, a soma dos valores da corrente em cada resistor será igual à corrente total.


Assim, para determinar o valor da resistência equivalente, basta fazer a soma dos inversos das resistências dos resistores da associação.

domingo, 18 de abril de 2010

Resistor Fixo de Carvão - Estrutura

Como os resistores de filme de carvão são os componentes mais usados em circuitos elêtrônicos, vamos procurar caracterizá-los um pouco mais. São construídos a partir de um cilindro de procelana, sobre o qual é depositada uma fina camada de carvão. Em seguida, faz sulcos helicoidais na superfície do carvão, de forma a se obter o valor correspondente de resistência e coloca-se os terminais de contato. A distância entre os sulcos e sua profundidade é que determinarão a resistência a resistência do condutor. A última etapa do processo, é a clocação de uma isolante, envolvendo o corpo do resistor, e a colocação de faixas coloridas as quais, através de um código, dão o valor da resistência do resistor.


Esta forma de especificar o valor da resistência pode, a príncipio, parecer trabalhosa, e você pode estar pensando por que simplesmente não escrever no corpo do resistor o valor da resistência. Antigamente, o valor da resistência vinha impresso no corpo do resistor, porém dois problemas im pediam a continuação desta forma de se dar esta informação: primeiro, esta forma não era muito segura, pois com o tempo perdia-se (apagava-se) parte do número ou o número inteiro; segundo, com o avanço da eletrônica houve a diminuição do tamanho dos componentes, de forma que ficava cada vez mais difícil a leitura do valor da resistência nesta forma. A codificação através de faixas coloridas resolveu esses problemas. Com o tempo você familiarizará com o código de cores, portanto nada de pânico.
A leitura do valor nominal (valor impresso) da resistência de um resistor deve ser feita como na figura abaixo:


Observe que as três faixas, que indicam o valor nominal, estão mais afastadas da quarta faixa, que indica a tolerância.


Os valores nominais de resistência são padronizados, isto é, não é possível encontrar qualquer valor de resistência. De uma forma geral, os valores comerciais (1º e2º algarismo significativos) mais comuns são: 10-12-15-18-22-27-33-39-47-56-68-82. Esses valores que aparentemente não têm nenhuma lógica, cobrem toda a faixa de valores possíveis, considerando uma tolerância de 20%. Para tolerâncias menores é possível encontrar outros valores.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Resistores

São bipolos passivos que têm a finalidade de apresentar resistência elétrica entre dois pontos de um circuitos, ou seja, tem a função que causar uma queda de tensão no circuito. normalmente são construídos com materiais que obedecem à primeira lei de Ohm. Os materiais mais usados na construção de resistores são: o carbono (grafite), algumas ligas como o constantan e a manganina e mesmo metais.
Vale ressaltar a diferença entre resistor e resistência. Resistor é o componente eletrônico e resistência é o fenômeno físico.
Com relação ao valor da resistência que apresentam, podem ser fixos ou variáveis.
Os fixos podem ser película de carvão, de metal e de fio.



Os variáveis são constituídos de um elemento resistivo (filme de carvão ou fio) no qual desliza um contato móvel. Este contato móvel está preso a um eixo (no caso do resistor de carvão) e quanto ao resistor de fio, movimenta-se diretamente este contato móvel (cursor). Girando o eixo ou movimento o cursor, variamos a resistência entre um dos terminais e o terminal móvel. As figuras abaixo mostram um resistor variável de película de carvão e um resistor variável de fio. A diferença principal entre o dois está na maior capacidade de corrente do resistor de fio.





Já um potenciômetro, é um resistor variável, utilizado como divisor de tensão. Atualmente, este termo é usado para designar qualquer resistor de resistência variável.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Variação da Resistividade com a Temperatura

Nos metais, o aumento na temperatura aumenta a vibração dos átomos, isto é, aumenta a dificuldade que os elétrons livres encontram para passar por entre os átomos, diminuindo a sua mobilidade. Nestas condições, a resistividade do metal é incrementada.
A variação da resistividade, em função da variação da temperatura, é dada pela equação:


onde:
Δθ = θf – θi = variação de temperatura (°C)
θi = temperatura inicial do condutor (°C)
θf = temperatura final do condutor (°C)
α é uma constante cujo valor só depende do material considerado, chamada coeficiente de temperatura

Supondo que as dimensões do condutor não variam sensivelmente com a temperatura, a variação da resistência do condutor segue a mesma lei que a da resistividade.

 
Rf é a resistência na temperatura θf
Ri é a resistência na temperatura θi

A tabela abaixo dá o valor do coeficiente de temperatura de alguns materiais:


Da tabela podemos observar que existem alguns materiais que têm coeficiente de temperatura negativo, isto significa que aumentando a temperatura, a resistência diminuirá, é o caso típico dos semicondutores.
A aplicação principal deste conceito (variação da resistência com a temperatura) é na construção de termômetros de resistência e de dispositivos chamados de PTC (Coeficiente de Temperatura Positivo) e NTC (Coeficiente de Temperatura Negativo), de larga aplicação na instrumentação e controle.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Leis de OHM

Primeira Lei de OHM
Em um condutor que está sendo percorrido por uma corrente elétrica, os elétrons ao longo do seu percurso pelo condutor, sofrerão uma oposição à sua passagem. A medida desta oposição é dada por uma grandeza chamada de resistência elétrica (R).
O valor da resistência elétrica depende do tipo de condutor considerado (ferro, cobre, alumínio, etc), da agitação térmica dos átomos e das dimensões do condutor.
Georg Ohm verificou experimentalmente, que a relação entre tensão aplicada em determinados condutores e a intensidade da corrente correspondente era uma constante, qualquer que fosse a tensão. A essa constante ele chamou de resistência elétrica (R). Isto é, um condutor que tem uma resistência de 1Ω deixa passar uma corrente de 1A, ao ser submetido a uma tensão de 1V. Se a tensão dobrar, a corrente também dobrará, mas a resistência permanecerá constante.
Os condutores que apresentam esse comportamento são chamados de ôhmicos.

Genericamente podemos escrever:

R = U/I     ou     U = R.I     ou     I = U/R

A unidade de resistência elétrica é chamada de Ohm (Ω).

1Ω = 1V/A


Segunda Lei de OHM
A segunda lei de OHM relaciona a resistência de um condutor com suas dimensões e com o material de que é feito.
Se considerarmos dois condutores de mesmo comprimento, feitos do mesmo material, mas de seções transversais diferentes, veremos que a resistência do primeiro material vai ser maior do que a do segundo, já que os elétrons do primeiro apresentam menos espaços para percorrer, passando de forma mais estreita em relação ao segundo condutor. Portanto, quanto maior a seção transversal, maior é a facilidade da passagem da corrente elétrica, o que é inversamente proporcional à resistência.

Consideremos agora dois condutores de mesma seção transversal, feitos do mesmo material, mas de comprimento diferentes. Veremos que a resistência do primeiro condutor será maior em relação ao segundo, pois os elétrons do primeiro vão ter que percorrer mais distância em relação aos elétrons do segundo. Portanto, quanto maior o comprimento do material, maior será a resistência.

Finalmente, consideremos dois condutores de mesmas dimensões, feitas de materiais diferentes. No caso, um dos condutores é de ouro e outro é de ferro. Verifica-se experimentalmente que o condutor de ouro apresenta uma resistência menor, por apresentar mais elétrons livres do que o ferro.

Na expressão R = (ρ.L)/S, ρ (rô) é uma constante física cujo valor depende do material de que é feito o condutor, chamada de resistividade.
A unidade de resistividade é obtida da equação, pois sendo ρ = (R.S)/L resulta:
O inverso da resistividade é chamado condutividade (σ)
σ = 1/ρ
desta forma, a equação da segunda lei de Ohm pode ser escrita por:
A tabela a seguir dá a resistividade de alguns materiais na temperatura de 20°C.